A tradição gaúcha é levada muito a sério por todos aqueles que admiram e fazem parte da cultura desse povo e sentem-se felizes em dividir uma boa roda de conversa com aqueles que se aproximam para saborear o chimarrão.
Essa tradição é originária dos costumes de vida do povo do sul do Brasil, Argentina e do Uruguai.
As roupas voltadas aos trabalhos no campo por parte dos homens e a tradição dos vestidos rodados mantidos pelas mulheres gaúchas são reconhecidas em qualquer parte do Brasil.
Não se discute a qualidade do churrasco gaúcho e admira-se o sotaque forte e que traz muitas palavras do idioma castelhano, fruto da proximidade e da convivência com as antigas colônias espanholas que um dia dominaram também o Rio Grande do Sul.
O fato é que a tradição gaúcha é sinônimo de alegria, trabalho e um estilo próprio de viver.
A verdade é que o povo gaúcho também gosta de passar horas cantando e contando as histórias das querências que envolvem romances, tragédias e fatos engraçados, mas sempre acompanhado da cuia e do bom chimarrão.
Afinal, na tradição gaúcha não pode faltar um bom chima!
A seriedade no cultivo da tradição gaúcha
O chimarrão é um costume que demonstra a seriedade que o povo do sul tem a respeito da tradição gaúcha.
Fazer um chima exige todo um processo e um conhecimento, portanto, não é qualquer pessoa que sabe prepará-lo.
Pode-se até dizer ser necessário sentir a brisa do minuano, ouvir a bela canção nativista e seguir com cuidado os detalhes para que o líquido esteja de acordo com o verdadeiro sabor gaúcho.
Preparar a erva-mate é um processo sério e saber saboreá-la também tem suas exigências, pois, é preciso o conhecimento da cultura e costumes que envolvem um comportamento adequado dos participantes da roda.
Onde nasceu o chimarrão?
O nome chimarrão vem do espanhol cimarrón, mas a bebida também é chamada de mate, que é originária da palavra mati, do idioma indígena quíchua.
Muito antes dos europeus chegarem por essas terras, os indígenas já utilizavam as folhas da erva-mate para preparar a bebida.
O líquido era sorvido por meio de canudos de taquara, caniço e, até mesmo, ossos, além de ser filtrado com fibras vegetais.
Como curiosidade, os jesuítas espanhóis proibiram o consumo do mate, chamando-o de “erva do diabo”. Segundo eles, os efeitos eram afrodisíacos.
No entanto, não conseguiram sustentar essa ideia e logo passaram a consumi-la também, inclusive, organizando o cultivo e a produção da erva-mate para o comércio.
Os povos imigrantes e a tradição gaúcha
Anos depois do domínio português e espanhol na América do Sul, chegaram os povos vindos da África, trazidos como escravos para trabalharem ns imensas plantações do novo continente.
Com a abolição da escravatura, o Governo Brasileiro abriu as fronteiras para os imigrantes europeus, recebendo famílias que vieram da:
- Alemanha,
- Itália,
- Polônia,
- Rússia,
- Ucrânia.
Como não poderia ser diferente, tanto os africanos como os europeus que vieram se estabelecer em terras gaúchas, passaram a consumir também o chimarrão.
Vencido os problemas de idiomas, preconceitos e diferenças culturais, hoje é comum observarmos rodas de chimarrão com pessoas das mais variadas raças, saboreando, rindo e criando amizades, pois, todos têm algo em comum: são todos apaixonados pela tradição gaúcha!
Agora que você já conhece mais sobre nossa história, que tal acessar o site da Erva Mate Santiago e conhecer os diversos produtos da nossa tradição que estão a sua disposição?