É no porongo que as cuias de chimarrão têm sua origem. Mas você já ouviu falar ou sabe o que é um?
Os porongos são frutos não comestíveis, caracterizados por seu tamanho grande, formados por uma casca grossa e com sementes por dentro, sem polpa.
O porongo também serve para fabricar cachimbos, garrafas e tem potencial para o comércio de outros produtos artesanais.
COMO É PRODUZIDO E CULTIVADO ESSE FRUTO?
A cultura dessa matéria-prima é muito importante para a agricultura familiar, pois a renda auferida melhora a qualidade de vida dos agricultores e proporciona a geração de muitos empregos.
Muitos produtores têm atuado em toda a cadeia produtiva, desde a produção, processamento e comercialização da cuia, agregando mais renda com a atividade.
Estudos determinam que o ponto de colheita é quando o fruto atinge uma cor pardo-escura e que, o principal problema enfrentado pelos produtores de porongo, são as secas que ocorrem a cada 5 anos.
A água é crucial para a qualidade da cuia, sendo necessário um incentivo à irrigação da cultura.
ORIGEM DO CHIMARRÃO EM PORONGO VEM DOS INDÍOS
O hábito de tomar chimarrão já era cultivado pelos índios e eles já utilizavam a mesma matéria-prima para confeccionar o recipiente em que a bebida seria ingerida.
Esses povos tomavam o líquido que era feito a partir de folhas quebradas de erva, misturadas em água quente que eram colocadas em infusão dentro de um pequeno porongo.
Na época, utilizavam um canudo que continha uma base trançada para filtrar e tomar a bebida.
De lá para cá, os processos de confeccionar a cuia mudaram, mas, continua-se usando o porongo para produzi-la.
COMO É FEITA A CUIA DE PORONGO
Depois que o fruto é colhido, ele é cortado no formato e tamanho possível para a formação da peça.
Após isso, é colocado em um local à sombra para receber corrente de ar – esse processo faz com que o material não rache e também elimina o cheiro característico do fruto.
O próximo passo é furá-lo bem no centro e retirar todo o bagaço mole existente em seu interior- nesse processo ela já fica lisinha.
Por fim é hora de passá-la em um motor de alta rotação para que seja encerada, o que garante o brilho e a beleza à peça.
Depois disso, está pronta para ser comercializada.